Nas últimas semanas, muito se comentou sobre o mercado imobiliário Brasileiro.
A boa notícia é que os comentários foram muito positivos para o futuro do setor, diferentemente do que aconteceu na maior parte do tempo ao longo dos últimos 3 anos.
Alguns fatores ajudam a explicar essa retomada do humor para o setor, um dos principais da economia Brasileira.
Primeiramente, o movimento de queda de juros. Com a expectativa de uma SELIC em patamares inferiores a 7% nos próximos meses, acompanhada por uma queda nos patamares de inflação, o juro real brasileiro tende a diminuir consideravelmente.
Para se ter uma ideia do impacto da queda de juros no mercado imobiliário, a cada 100bps de queda de juros, há uma diminuição de 8% nas prestações dos financiamentos imobiliários. Prestações menores significam menor comprometimento de renda, e mais consumidores passam a ter acesso a crédito, o que movimenta positivamente o setor.
Ainda do ponto de vista macroeconômico, recentemente começamos a ter os primeiros movimentos positivos do volume de empregos no país. Desnecessário dizer o quão correlacionados estão “nível de emprego” e “venda de imóveis”, certo? Está aí outro motivo importante para o otimismo do setor.
Outra questão importante, já sendo mencionada por alguns analistas, se dá pela expectativa de aumento de preço dos imóveis novos no futuro próximo.
Por conta da turbulência do setor nos últimos anos, o volume de novos lançamentos das incorporadoras caiu drasticamente, ou seja, o número de unidades novas a serem entregues em 2018, 2019 e 2020 será muito inferior ao dos anos anteriores. Isso por si só cria um ambiente de valorização de preços, uma vez que acaba com a sobreoferta.
Essa diminuição do volume de entregas também contribui para a diminuição do volume de distratos, a pior das mazelas das incorporadoras nos últimos anos. Fica ressalvado, porém, que esse tema só será resolvido quando forem aprovadas medidas regulatórias, o que também, felizmente, parece estar mais próximo do que nunca.
Por esses e outros motivos, as constantes matérias positivas para o setor movimentaram as ações do mercado imobiliário Brasileiro na BOVESPA, e o setor é dos que presenciaram as maiores altas nos últimos 30 dias.
Independente da valorização dos papéis, um setor imobiliário robusto e saudável é excelente para a economia do país e para os consumidores.
Vamos continuar torcendo (e trabalhando) pela retomada!